Como odiar para o resto da sua vida a pessoa que lhe fez, ou supostamente chamado como pai.

Apartir de 1992 tudo havia começado, único filho homem entre três irmãs mais velhas. Aparentemede uma família feliz, como eu disse, só aparentemente. Em 1996 percebi que o ser que havia me feito era alcoolatra e aos finais de semana eu tinha que conviver com os pratos sendo quebrados na cozinha e os gritos enquanto ele dormia, gritos que me deixaram por um bom tempo com medo de dormir quando ele chegava. Desde quando havia nascido a minha avó estava sempre ao meu lado e sempre ajudava todos em casa, principalmente em relação as discuções que ocorriam entre meus pais. Em 1997 vi o ser que me fez empurrar minha mãe contra a parede e ver ela caindo até sentar no chão, minha avó nos protegia, que por acaso era avó por parte de pai. Em 2000, 15 dias após meu aniversário minha avó falesceu e a partir deste momento tudo piorou mais ainda. Em 2001 compraram um computador para todos usarem em casa e sempre que sugia algum problema eu escutava calado que a culpa tinha sido minha, no mesmo ano recebi minha primeira porrada de cinto do ser que me fez. Em 2003 entrei para a escolinha de esportes do colégio, já havia realizado várias danças, festinhas escolares e sempre a minha mãe estava lá, sozinha. O ser que me criou comprou um carro e isto era sinônimo de mais extress pois sempre que todos saiamos juntos tinhamos que voltar cedo porque ele queria dormir, tinhamos que escutar berros dele porque ele era o motorista e foi assim por um bom tempo até chegarmos em 2005, várias vezes fui humilhado na frente de meus amigos com gritos e ordens dele. No mesmo ano participei de um campeonato de esporte entre escolas, ele sempre me levava, mas o motivo não era para nada além de criticar o time, a técnica e o quão ruim eu tinha sido, chegamos a final do campeonato e perdemos por pouco, ficamos em 2º lugar do estado. Voltei para casa cabisbaixo, fui na parte de trás do carro com mais dois amigos, na frente o ser com a minha mãe, o assunto da viagem toda foi o jogo, o quão bom foram os ataques e que o problema estava no levantador, que por acaso era eu, o time não foi para frente graças a esse problema. Não aguentei coloquei meus oculos escuros e chorei, mas foi de raiva. Meus amigos me deram maior força depois, mas nesse dia não tolerava mais nada. Em 2007 em uma discussão sobre uma modificação no MEU quarto o ser que me fez me deu um tapa no rosto, os argumentos haviam chegado ao fim e o tapa foi recorrido. Após algumas semanas ele veio pedir desculpas, chorou e foi embora. Algumas semanas depois eu escutei no meu quarto as seguintes palavras dele: "Pedir desculpas foi humilhante", guardei isso pra mim e até hoje ninguem sabe que sei disso. No mesmo ano participei de um grupo de atividades extras curriculares, isso foi alvo para criticas sobre o tempo que eu ''perdia''. Em 2008 participei novamente do grupo mas agora fui mais ativo, realizei grandes coisas e ele foi assistir. Ao fim quando nos encontramos ele me elogiou, mas ao chegar em casa as criticas foram sendo bombardeadas. Em 2009 foi o fim, ele ameaçou ligar para o Ministério da Educação pois a professora que organizava este grupo estava me aliciando e ele propos a ela que me espulsasse do grupo sem nenhuma justificativa. Ao chegar em casa todos me trataram como nada tivesse acontecido, para mim foi o fim. Além de escutar desde os meus 12 anos que eu sempre fui um inutil em casa. Todos os projetos que fora sinonimos de perda de tempo, todas as atividades que procurei fazer para ajudar ribeirinhos sobre DST's foram tratadas por ele como idiotisses. Vou fazer 18 anos e pretendo morar em um apartamentinho pobre, passar fome, trabalhar por horas e a noite ir para a universidade para conseguir um futuro longe de tudo isso que eu passei.

Eu não coloquei as vezes que fui ridicularizado, taxado de incopetende e muito mais, efim...
Agora me diga se eu mereço perdoar uma pessoa que sempre me fez mal?